sexta-feira, novembro 25

A Verdadeira Batalha de Harry Potter

Hoje estreou em todo o Brasil o 4º filme da série Harry Potter, que decididamente dispensa apresentações quanto à temática. Não se via febre igual desde o lançamento da primeira parte (que na verdade era a última) da trilogia Star Wars: jovens indo aos cinemas vestidos à caráter, pequenos bruxinhos e feiticeiras mais que entusiasmados para reencontrar seu herói.
Mas o que quero dividir com vocês é algo que tem acontecido nos bastidores dessa coqueluche, com os milhares de “vampiros” que escondidos na desculpa de “analisar o mito” acabam tecendo críticas a J.W. Rowling (autora dos livros que originaram os filmes) quem vão de elogios, ora sinceros, ora com um tom de “puxação-de-saco”, a uma saraivada de flechas cheias de despeito e uma inveja disfarçada de “guardiões da cultura”.
Citar que o primeiro livro da saga foi escrito à mão porque a autora não tinha um centavo no bolso, tudo bem; mostrar que atualmente ela poderia comprar sabe-se lá quantos computadores, sem problema; agora, vir um escritorzinho frustrado vestido de crítico dizer que os livros e filmes fazem tanto sucesso por que segundo as palavras do mesmo, são de “fácil digestão” , é no mínimo uma ode ao despeito.
Gostar ou não é o direito de cada indivíduo, mas querer categorizar aqueles que gostam de “medianos” é o auge desse “falso intelectualismo” que assola nossa cultura há anos. Para ser merecedor de sucesso, parece que antes de qualquer coisa precisa de um diploma, como se fosse um brevê para merecer alçar esse vôo parece que simplesmente o talento não basta.Você deve ser do “clube”, só assim vai merecer que a sua estúpida “obra existencial da evolução humana pela ótica dos quadrúpedes” mereça os louros da crítica, e os leitores. Pra quê precisamos deles? Somos antenados, somos cultos, o resto é resto.
Que obras como essas atraem a atenção por serem “gostosas” de ler, aí não vale; precisa falar “difícil”. Se crianças estão largando os videogames para ler um livro? Não perguntei nada, a “galera cool” precisa aprovar, ou então a obra tem que ser classificada como sub-literatura. Defeitos à parte, falhas gramaticais que sem querer escorregam, J.W. Rowling é merecedora de muitos aplausos e de cada milhão que arrecada, afinal, fez com que livros deixassem de ser um martírio para crianças, adolescentes e até adultos para transformar-se em um prazer de horas e horas, em um novo mundo de possibilidades que nenhum órfão existencialista conseguiu arrancar além de um bocejo e poeira na prateleira.

Um comentário:

Anônimo disse...

Palavras sábias, de uma pessoa sábia.
Deixo aqui, minha eterna admiração por você.Meu amigo!bjs...saudades!Laura