segunda-feira, janeiro 8

Quando éramos jovens!

Porque será que o mundo não congela na melhor época da nossa vida? Sempre me perguntei isso. Até hoje tenho saudade da época do “Minuano Laranjinha”, do “Kichute”, de quando tudo era mais simples, de quando éramos mais comuns, não no sentido prejorativo de “comum” e sim de um tempo em que as emoções eram mais simples de viver. Se você gostava de uma menina, era simples, não precisava nem tocá-la, podia ficar no platonismo, só o gostar já bastava, às vezes ela nem precisava saber que era amada com todo o coração que um garoto de 10, 14 ou até 16 anos podia amar alguém.
Lembro de uma época em que o simples olhar da “amada” causava rubor na face, talvez seja por isso que toda vez que uma mulher me desperta mais que o mero tesão eu travo; numa boa, colam as placas! Falo bobagens com a consciência de que estou dizendo besteiras, não vem aquela frase de pegador voraz, de predador, até pareço meio retardado, prefiro acreditar que meu saudosismo aflora demais quando quero mais que uma noite. Aí está uma boa razão para lembrar de nosso ontem não tão distante; eu já disse que “estamos com fome de amor”, hoje ouso acrescentar que estamos mesmo é com fome de sentimento e por isso mesmo o passado vem à tona, não porque era melhor ou por que éramos crianças e sim porque naquela época acreditávamos.
O Papai Noel não era tão insólito, amigos precisavam apenas da nossa presença e não do que poderíamos lhes dar em troca, namoradas com um simples bilhete de “Te Adoro” sorriam pelo resto do dia e nós com pelo sorriso dela, ríamos pelo mês inteiro. Longe de mim fazer campanha contra o novo, o moderno, mas será que para mostrarmos que somos tão independentes hoje precisamos mostrar ao mundo pulando de cama em cama. Fica bem engraçado um cara de 30 anos, solteiro, em uma selva de beldades, ficar levantando a bandeira do “Vamos redescobrir o que é Amar”, mas é exatamente a minha condição que me dá o direito de ser panfletário e parceiro do cupido.
Meus queridos, os políticos vão continuar roubando, os preços vão continuar subindo, nosso Presidente da República sempre será o motivo número 1 de piadas! E aí o que vamos fazer? Vamos sair correndo, gritando desesperados ou entrar no mesmo embalo e passar a fraudar nossos sentimentos. Inventar e acreditar que o que realmente importa é o prazer gratuito e sem compromisso, além de covardia é burrice, isso mesmo: BURRICE!
Todas as escolhas que fazemos ao longo da vida tem 50% de chance de dar certo ou errado, mas não escolher por medo é aceitar a derrota sabendo que você tinha metade de chances de ganhar. Claro que sempre vem alguém e me diz que estou dizendo asneiras e que a vida tem que ser “vivida”. Como assim? Viver é mais que carreira, badalações, bebedeiras ou trepadas; há uma construção que realmente dá sentido a palavra viver e hoje eu vi um pouco disso: Passeei durante a manhã em um Parque aqui de Porto Alegre e vi o que é viver em rostos de velhos, crianças e alguns jovens que estavam dedicados a essa experiência, procuravam nas folhas do chão um pouco dessa magia simples e extraordinária que nossas “festas” nos tiram. Vi olhos vivendo o lado mais básico, mas simples, mais gostoso dessa aventura que é viver e honestamente, o mapa do tesouro não é tão complicado, é só lembrar do tempo de criança.

4 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns! Linda crônica, assim como todas as outras que você escreve.
Parabéns pelo seu talento!!!

Anônimo disse...

É meu amigo... é exatamente assim!Hoje os sentimentos mais simples se tornaram a coisa mais complicada e luxuosa de se ter.
Mas cada um desses instantes vale muito.
Beijos

Anônimo disse...

tchê..So duas palavras pra ti: parabens
toda semanna estou aqui para ver suas cronicas.. parabens mesmo!!! abraços e sucesso!!

Unknown disse...

muito boa suas cronicas cara!!!! Parabéns mesmo!!!